Esta múmia pertence ao Museu Redpath da Universidade McGill de Montreal. Esse rapaz, com cerca de 1,63 m de altura, morreu numa idade estimada entre 20 e 30 anos. Ele teve problemas dentais sérios com cáries múltiplas, inclusive uma que causou uma infecção nas mucosas dos seios da face, possivelmente matando-o. Os grãos consumidos pelos antigos egípcios, grosseiramente moídos, não eram bons para os dentes. Em seus últimos dias de vida ele teve chumaços de linho imersos em substâncias, que podem ter sido suco de figo ou óleo de cedro, inseridos no lado esquerdo da mandíbula numa cavidade entre o primeiro e o segundo molares para tentar curá-lo. No mínimo este curativo teria agido como uma barreira que impedia as partículas de comida de entrarem na cavidade, aliviando possivelmente a dor. Infelizmente, embora isso provavelmente o tenha ajudado, ele sucumbiria logo em seguida, talvez dentro de poucas semanas, em virtude da infecção. Até hoje se considera que as infecções associadas aos dentes representam um sério risco à saúde.
Ao ser mumificado o cérebro e muitos de seus órgãos foram retirados, resina foi colocada no interior do corpo e este envolto em bandagens como era usual. O coração foi deixado no lugar, o que talvez indique tratar-se de um jovem da elite local. Sua múmia foi comprada em Tebas, o local provável de sua morte, por James Ferrier, um homem de negócios e político, e levada por ele para Montreal antes de 1859. O rapaz deve ter vivido durante a Dinastia Ptolomaica (304 a 30 a.C.) e o paradeiro de seu ataúde é desconhecido. A reconstrução facial foi feita por Victoria Lywood, uma artista forense. Foto © Victoria Lywood.
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